Quem acompanha o blog deve lembrar que, na minha primeira visita a DC, eu postei uma foto da árvore de natal nacional, que fica na frente da Casa Branca. Pois bem. No dia 9 de dezembro ia ter a inauguração da árvore, com direito a família Obama acendendo as luzes pela primeira vez e show do B.B. King (e outros músicos americanos menos importantes). Quando eu descobri isso, fiquei louca pra ir. Dois minutos depois, descobri que pra ir precisa de ingresso, que os ingressos são sorteados com meses de antecedência, e que o sorteio tinha acontecido dois dias antes de eu lembrar de me informar sobre isso. Mas como eu sou brasileira e não desisto nunca (e não fui no show do B.B. King no Brasil porque ainda não aprendi a descomer dinheiro), decidi ir mesmo sem ingresso e ficar lá por perto, pra pelo menos ouvir um pouquinho do show.
O único problema é que a inauguração da árvore começava às cinco e nós tínhamos aula com o Norbert até as cinco. E era a última aula do semestre. Plano B: assistir a aula e sair correndo do campus direto pra DC. Calculamos que até rolar todas as firulas, apresentações de corais locais e etc, chegaríamos por volta das 6:30, bem a tempo pro melhor da festa.
Assim fizemos. Tava um frio louco naquele dia, como tem sido desde sempre; mas além do frio tava aquele vento que faz as temperaturas descerem a -13ºC aqui em College Park (imagina lá em DC, do lado do rio!). Vesti duas meias-calças de lã, uma calça jeans, uma meia de algodão, uma meia de lã, segunda pele, camiseta de gola alta, blusão de gola alta, capa, gorro, luvas de camurça com pelinhos por dentro, cachecol, capa e tênis. E levei na bolsa minha calça de microfibra do abrigo pra vestir por cima do jeans antes de sair da universidade, pra atacar o vento.
O Norbert normalmente vinha acabando as aulas um pouco antes do horário, o que teria sido muito bom pra nós. Teria sido, no condicional, porque ele simplesmente esqueceu que tinha que dar aula pra gente, o que fez com que a aula começasse vinte minutos atrasada e conseqüentemente terminasse em cima da hora. Pensei em desistir, mas ouvir o B.B. King ao vivo valia o sacrifício. Fomos. Saímos correndo da aula, pegamos o shuttle, metrôs e nos mandamos.
Chegamos na área do show bem em tempo de ver as luzes se apagando e todo mundo indo embora. Eram 6:30. Tudo bem que aqui o povo é pontual e se diz que vai começar às cinco começa às cinco e era isso. Mas pô, o B.B. King deve ter cantado meio jingle bells, quando muito! Foi muito frustrante. Mas já que a gente tava lá aproveitamos pra dar uma voltinha e bater fotos da árvore iluminada.
a árvore |
a árvore e o obelisco |
tchans! |
a Casa Branca de longe |
a Casa Branca mais de pertinho |
em respeito aos judeus que não comemoram o Natal com árvores e Papai Noel |
Em volta da árvore principal tem 56 arvrinhas menores representando os 50 estados, os 5 territórios e o Distrito. Fomos catar a de Maryland, mas não era grande coisa, e nem era muito diferente das outras. Em todo o caso, aí estão algumas fotos:
a árvore de Maryland |
nós e a árvore de Maryland |
de novo |
Vimos tudo rápido, porque tava muito frio. Decidimos parar pra comer alguma coisa no caminho entre o parque e a estação de metrô. Aproveitei pra tirar algumas fotos de DC à noite pra vocês verem. É bem bonito, e parece bastante seguro também.
Paramos pra comer numa padaria e eu tomei uma sopa de tomate incrivelmente deliciosa. Não sei como eles fazem sopa de tomate sem ter gosto nem aparência de molho. Mas catei uma receita na internet e vou tentar fazer quando eu voltar pro Brasil hehehe. Também tomei uma limonada tradicional - mais uma coisa da qual eu vou sentir saudades - e de sobremesa comi uma fatia de lemon pound cake do tamanho da minha mão. Tá, na verdade eu comi a metade e a outra metade eu enrolei num guardanapo, botei na bolsa e comi no dia seguinte, de tarde, com um chá de limão e gengibre. Sim, eu adoro limão. Sim, eu tou apaixonada por lemon pound cake e não sei como vou sobreviver sem. Sim, já catei receitas na internet. Sim, minha mãe já fez uma pra testar. Não, não ficou com essa cobertura linda e deliciosa. Sim, vamos tentar fazer de novo.
viu, mãe? a calda é molinha, escorre no prato, não é um glacê normal... |
Warner Theatre, no caminho pro metrô |
Pois é. Não vi o B.B. King. Aliás, vim pra esse país na esperança de ver shows de pelo menos alguns dos meus ídolos, mas não logrei êxito. Pelo contrário: muitos deles foram tocar no Brasil (a preços absurdos que eu não teria como pagar, mas isso é detalhe) e os que porventura ainda não foram devem ir entre fevereiro e abril, quando eu estiver na Holanda...
Um comentário:
Bem, tô prevendo muuitos testes, muita confabulação ( com Leonora, inclusive),por conta dessa bendita cobertura...
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