terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Pentágono, pra que te quero

Desde que eu cheguei eu queria ir conhecer o Pentágono. A vontade aumentou quando eu passei pela primeira vez pela estação de metrô do Pentágono. Sim, dá pra ir de metrô! Eu sempre achei que o Pentágono fosse mega isolado, numa ilha cheia de arame farpado e crocodilos farejadores de terroristas. Não é.

Mas como nem tudo são flores, rapidamente descobrimos que só americanos podem visitar o interior do Pentágono, e precisam agendar a visita com uma semana de antecedência. Não-americanos podem visitar, mas pra isso precisam contatar as suas respectivas embaixadas. Fico imaginando que chamam a gente pra uma entrevista na embaixada, daquelas numa sala escura com uma luz direto no olho da gente, perguntando "onde você estava no dia 11 de setembro de 2001?" e coisas do tipo. 

Decidimos, então, pegar o metrô, descer no Pentágono, dar uma volta por fora dele, bater umas fotos e tal, e de quebra visitar o Arlington Cemetery, o cemitério militar, que é ali pertinho.

Pois bem. Saímos cedo, acho que por volta das 7:30, um frio de renguear cusco, e fomos bem felizes pro Pentágono. Doce ilusão! A gente desce do metrô, sobe a escada e dá de cara com o ponto de ônibus e uma placa imensa dizendo que é proibido fotografar. Objetivo número 1: frustrado. Ok, vamos então dar uma volta. Pra esquerda, um portão de acesso com um militar mal-encarado de cada lado e uma placa bem grande dizendo que só pode entrar funcionário identificado ou visitante com hora marcada. Ah, e uma placa indicando que lá dentro não pode fotografar, nem entrar com explosivos, bombas, armas ou facas. Ah, bom... Peraí, deixa eu jogar a minha granada ali no lixo e já volto.

Fomos, então, pra direita. Vinte passos depois, mais um portão com mais gente mal-encarada e um aviso: dali pra frente, só militares autorizados. Bom, mas então vamos pelo menos ver a fachada do Pentágono. Não dá; tem uma tela de arame alta, com arame-farpado em cima e um pano verde, desses de isolar construção, tapando tudo. Objetivo número 2: também frustrado. Tudo o que conseguimos ver (mas não pudemos fotografar) foi uma pedra em homenagem às vítimas do atentado de 11 de setembro e uma casinha de passarinho ecológica, presente (de grego) do governo do Canadá.

Em resumo, nossa visita ao Pentágono não durou nem cinco minutos. Foi uma das maiores decepções da minha vida! Ainda bem que a gente tinha programado a visita ao cemitério; foi o que salvou o dia. No próximo post eu conto tudo sobre ele.

Nenhum comentário: