Sábado passado fomos pra Alexandria, cidade mega-hiper-ultra histórica no estado da Virginia. Por que só estou falando disso hoje? Porque não tive tempo de postar antes, oras!
Primeiro comentário: dá pra chegar lá de metrô. Sim, o mesmo metrô que passa aqui em Maryland passa em DC e vai até a Virginia. É quase como se desse pra ir de metrô de Passo Fundo até Cascavel. Com o cartão Smartrip, que é um cartão de passagem tipo o bilhete único de São Paulo ou o TRI de Porto Alegre, a viagem toda custa US$3,25: um ônibus e duas linhas de metrô. Mas é interestadual. Muito bom!
Segundo comentário: fez um dia absolutamente lindo! Tivemos muita sorte: sol, mas nada de calorão, tava até friozinho quando saímos de casa (10ºC às dez pras 8 da manhã). Chegamos em Alexandria por volta das nove da manhã. O metrô te deixa na King Street e aí é só seguir por ela até chegar no rio. No meio do caminho fica todo o centro histórico.
King Street e o metrô ali atrás
Como tava friozinho e tal, resolvemos parar pra tomar um café numa cafeteria local, mesmo sabendo que o resultado não seria dos melhores. De fato, o café era uma caca, mais fraco que uma pulga subnutrida. Mas o lugar era bem bonitinho:
Continuamos andando em direção ao rio. A cidade é encantadora, realmente muito charmosa: muitas lojinhas de arte e decoração, muitas lojas de livros usados, muitas fachadas bonitas:
Quinze quadras depois, chegamos no centro histórico. Nossa primeira parada foi o centro de visitantes, onde tem tudo quanto é tipo de informação pros turistas. Pegamos uns mapas, prospectos de passeios dentro e fora da cidade (por exemplo, a casa do George Washington em Mount Vernon) e aproveitamos pra fotografar a própria casa, que é um imóvel histórico:
Fachada da casa Ramsay - 1749
Eu na varanda da casa...
Super evento da cidade: dia internacional de falar como um pirata. Ia acontecer no dia seguinte.
Saímos lá de dentro com quatrocentos mil papéis e rumamos até a antiga fábrica de torpedos, que agora é um grande ateliê de arte de frente pro rio.
É um megaprédio!
Ruim, né?
"calçadão" de Alexandria
Dentro do prédio tem um "museu" de arqueologia muito pequeno e três andares de estandes de artistas de todos os tipos (até um de pintura em seda muito impressionante, mãe).
Andando lá por dentro nos deparamos também com isso:
A máquina de refrigerante mais antiga do mundo
Na verdade tem mais de uma espalhada pelo prédio. Nós paramos numa outra que tinha ginger ale. Tudo por um dólar. Sapequei um dólar e saí feliz com uma ginger ale geladinha. Já o baiano decidiu que ia gastar as moedas, o que nos fez ficar em volta da máquina uns dez minutos enfiando pennies (moedas de 1 centavo) pra pegar o refrigerante. Não posso falar por ele, mas o meu valeu a pena:
I ❤ ginger ale
Saímos da fábrica de torpedos e nos metemos a andar pela beira do rio. Tem um monte de atracadouros e é muito gostoso ficar lagarteando no sol.
Pezinho no Potomac
Avião descendo...
Ali do outro lado do rio é Washington. Aquela coisa branca lá no fundo é o Capitólio!
Parece o Brooklyn. Ah, Brooklyn...
Praça central da cidade
Torre da prefeitura. Sim, o prédio é grande demais pra caber numa foto. Sim, eu deitei no chão pra bater essa foto
Paramos no nosso primeiro museu do dia: a Gadsby Tavern. Era uma taverna que depois ganhou um hotel anexo. Dizem que lá esteve o George Washington comendo, e também outros presidentes americanos e personalidades históricas da época. É bem legal a forma como eles conservam tudo, tem objetos da época e simulações em resina do que se comia na época, como se comia, como eram as camas, etc. Por exemplo, na época em que só existia a taverna, o dono tinha quartos pra alugar no andar de cima. Cada quarto tinha duas camas com armação de madeira, estrado de corda e colchão de palha. E diz a guia que em cada cama dessas, certamente menores do que uma cama de casal de hoje em dia, dormiam até cinco homens. De botas, por medo de roubarem as botas. Os outros que fossem chegando podiam dormir no chão, então um quarto daqueles acomodava até quinze, dezesseis pessoas. Obviamente não tinha banheiro e ninguém lavava os lençóis. Ecaaaaa!
O prédio menor era a taverna e o maior, da esquina, o hotel
Da taverna fomos... almoçar num pub irlandês, pra manter o clima. Na verdade não fazíamos idéia de onde almoçar, aí vimos esse pub, paramos pra olhar o cardápio (sempre tem um cardápio na rua pras pessoas olharem antes de entrar) e um cara que tava passando perguntou se a gente nunca tinha comido lá e disse que era bom e valia a pena. Aí entramos. E descobrimos um pub de outro mundo. Enorme, cheio de decoração típica irlandesa E americana, milhões de fotos do dono do pub, velhinho, ao lado de várias celebridades e figuras públicas importantes dos Estados Unidos, da Irlanda e até o Papa. No som, uma musiquinha irlandesa muito parecida com música do Tirol. Foi divertido.
Algumas das fotos nas paredes
Prestem atenção: o sobradão é de madeira!
E tem uma lâmpada externa de querosene!
De lá fomos pro Apothecary Museum. Tenho que confessar: depois da beira do rio, esse é o meu lugar preferido! É uma farmácia muito antiga, foi aberta em 1792 e fechou em 1933, por causa da crise de 1929. E os donos simplesmente fecharam as portas e deixaram tudo lá dentro: frascos de remédios e ingredientes, móveis, tudo. Então dá pra ver perfeitamente como era a loja, como os caras "montavam" os remédios na hora pro cliente, e como depois de um tempo produziam os medicamentos pra vender em filiais em outros estados.
Eles também vendiam produtos manufaturados por outras empresas, como óculos, mamadeiras...
E Vick Vaporub - vocês sabiam que Vick é velho desse jeito?
Que legal!
Tá, tá, chega de foto e vamo vê o resto...
No andar de cima tem todas as matérias-primas em gavetinhas...
Caixinhas...
E a mesa de trabalho com os fazedores de rótulos, cortadores de rolhas, formas de comprimidos...
Saindo dali fomos na Carlyle House, que é a casa mais importante da cidade. O Carlyle era um britânico que veio pros Estados Unidos tentar a vida e ficou rico. A casa dele é, ora pasmem, um museu!
Interessante que até trinta anos atrás essa casa tava completamente destruída e invadida por famílias que moravam aí mesmo sem ter eletricidade, esgoto ou água encanada. A prefeitura retomou a casa e tá restaurando e montando como seria a casa do Carlyle. Muito bacana. Quando foi construída, a casa era de frente pro rio; agora tem várias coisas entre a casa e o rio, mas o jardim na parte de trás da casa é lindo de morrer e sempre tem casamentos lá, inclusive nesse dia.
Jardim atrás da Carlyle House
Tá, sério agora...
Buenas, depois de toda essa cultura resolvemos rumar pra beira do rio pra comprar nossas passagens pro passeio de barco. Sim, passeio de barco! Dentre as várias opções, escolhemos ir até Georgetown, em Washington, de barco, e de lá vir embora. Compramos passagens pro barco das 18:30. Eram 17:15, então resolvemos sentar no lounge bar do restaurante que tem na beira do rio, pedir uma garrafa de vinho branco e um tira-gosto de caranguejo, que é super típico de toda essa região.
Restaurantezinho meia-sola hehehe
Passando mal...
Avião chegando pra pousar no Ronald Reagan
O obelisco
Lincoln Memorial
Chegando em Georgetown
Descendo do barquinho :)
3 comentários:
Se o objetivo é fazer o leitor morrer de inveja, vc está sendo muito competente! hehehehe
obrigada :)
hehehehehe...
Leo, parece uma cidade do De volta para o futuro... hehehe! bjo
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