quinta-feira, 9 de setembro de 2010

New York, finalmente!

Eis-me aqui de regresso depois de uma intensa semana de atividades. Tá, na verdade não foi tããão intensa assim; eu é que não queria narrar a viagem de qualquer jeito, então achei melhor esperar as aulas da semana passarem pra poder tirar o tempo de sentar na frente do computador e contar, nos mínimos e excruciantes detalhes, como foi a minha estadia na cidade mais incrível do mundo. Apertem os cintos porque vai começar!

Bom, deixa eu começar pela viagem. Nosso ônibus saía da estação de Greenbelt (Greenbelt é uma cidade aqui perto) às 7:15 da matina. Eu acabei indo dormir tarde porque fiquei arrumando e desarrumando as coisas pra levar, mas acordei implacavelmente às 5:45. Vesti meu abrigo rosa e preto lindo e maravilhoso e os meus tênis novos, tomei café, preparei um lanche pra levar, terminei de guardar o que tinha que guardar e saí às seis e meia pra pegar o ônibus até a estação, que ia passar 6:45. Felizmente os ônibus de linha aqui são inacreditavelmente pontuais, porque se a gente perdesse esse estávamos muito lascados. Chegamos na estação com 15 minutos de antecedência (sim, as cidades são muito perto umas das outras) e fomos pra fila do ônibus.

Explico: aparentemente os ônibus não têm lugar marcado. A gente compra a passagem mas não tem assento atribuído, então se quer sentar com alguém ou pegar uma janela tem que chegar cedo. Pelo que eu entendi também tem muitas empresas que vendem mais passagens do que o número de assentos, mas não era o caso da BoltBus, que foi a empresa que levou a gente pro centro do mundo.

Saímos daqui 7:20, com previsão de chegada em NY às 11:45. O ônibus, meus caros, tinha internet free. E bancos de couro e cinto de segurança transversal, como vocês podem ver na foto:

Todos ignorando a cara de sono, por favor. Obrigada.

Não era o maior dos confortos, devo dizer, mas era infinitamente mais barato que o trem, e com internet eu vou num pau de arara daqui até a China... Hehehe. Senti falta foi de água no coletivo. Saí sem nenhuma (a de casa tinha acabado) e não tinha onde comprar na estação. Isso foi ruim. Mas o resto foi bem tranqüilo. Fizemos uma parada em Baltimore pra pegar mais passageiros e concluímos que Baltimore realmente vale uma visita. A entrada da cidade é basicamente um milhão de pontes enoooormes se entrecruzando por cima de um rio. Quem já chegou em Porto Alegre por Guaíba pode ter uma parca idéia de como seja, mas aviso que em Baltimore a coisa é muito maior.

De Baltimore tocamos um diretaço até chegar no estado de Nova Jersey, que é vizinho do estado de Nova York. Paramos dez minutos numa estação de serviços numa cidade aleatória cujo nome eu não lembro, só o tempo de esticar as pernas, ir no banheiro e comprar dois litros de água e um chocolate. Aproveitei e tirei uma foto pra registrar minha segunda passagem pelo estado de NJ (a primeira foi em março, no aeroporto):

BoltBus!

Daí pra frente a ansiedade só aumentou, mas também bateu um sono desgraçado e eu quase amaldiçoei a internet do ônibus, afinal se não fosse por ela eu teria dormido boa parte da viagem. Mas foi bom ficar acordada porque deu pra ir vendo a estrada, que é composta basicamente por mato, algumas estações de serviço, saídas pra outras estradas, pedágios e duas pontes enormes sobre dois rios enormes que eu não sei quais são. Ah, sim, mil pistas de cada lado e absolutamente nada que sequer se pareça com um buraco. Igualzinho à BR-101.

Buenas, eis que de repente surge o aeroporto de Newark na estrada, sinal de que estávamos quase chegando. Quando a gente desceu em Newark em março eu consegui ver a Estátua da Liberdade e uma das pontes que levam a Manhattan, então era só esperar um pouco e NY ia aparecer no horizonte, impávida colossa. Pois dito e feito! Mais um pouquinho e lá estava o skyline de Manhattan, lindo, na nossa frente:

A primeira foto de Manhattan a gente nunca esquece!

Bom, daí a entrar no túnel foi um pulinho. Mas antes, um pouco de geografia básica pra quem não tá ligado: Nova York é uma cidade que tem uma ilha. A cidade não é só a ilha, tem continente pra quase todos os lados. E a ilha fica entre dois rios, o rio Hudson a oeste e o East River ao leste. A ilha é Manhattan. No continente ao norte fica o Bronx e ao sul e ao leste ficam o Brooklyn e o Queens. Tem também umas outras ilhotas, entre elas a Ellis Island, onde ficavam de quarentena os imigrantes nas priscas eras. Talvez alguém da minha família tenha ficado lá. Essa ilha aparece no filme Hitch, na cena em que o Hitch leva a guria pra uma ilha pra ver documentos do avô dela, que tinha imigrado pros States. Quem viu deve lembrar. Tem também a ilha da Estátua da Liberdade e algumas outras menos importantes. Olha aí um mapa pra vocês se situarem:

A gente chegou pela 95, que tá aí no mapa à esquerda. E entramos pelo túnel Lincoln.

Então a gente chegou pelo túnel, que passa embaixo do rio Hudson. Pra quem viu o filme Daylight, com o Stallone (filme de 1996 que eu fui ver no cinema e uma mulher teve um ataque cardíaco no meio da sessão - é sério!), eles ficam presos no túnel Holland. Aqui a primeira foto que eu tirei ao sair do túnel:

Nada muito especial, mas é Manhattan, baby!

Devo confessar que daí em diante eu fiquei quase louca com o visual da cidade, o estilo dos edifícios, tudo! Até com a solução inteligente para a falta de vagas nos estacionamentos:

Beliches para automóveis :)

Quaaase no Madison Square - nosso destino quase final

Logo chegamos (vinte minutos antes do previsto, por sinal), descemos do ônibus e fomos direto pra estação de metrô pra tentar achar o metrô pro Brooklyn, mas não sem antes toparmos com o seguinte outdoor:

Mau sinal... mas sobre isso eu falo mais adiante

Achar o metrô pro Brooklyn na Penn Station (a estação da foto do post anterior) não foi fácil. A estação é enorme e lá passa metrô, passa ônibus, passa tudo. Zanzamos lá dentro uns bons 15 minutos até acharmos o rumo, mas depois de achado foi bem fácil: metrô linha 2 ou 3 sentido downtown e Brooklyn, e tínhamos que descer na primeira estação do Brooklyn, a Clark Street. Olhando pro mapa vocês podem deduzir que pra chegar no Brooklyn tem que passar embaixo d'água de novo.

Chegamos na casa do Paco sem sobressaltos. Chegamos, largamos nossas muambas e saímos com o Paco e o Michael pra almoçar um hamburguer delicioso nas redondezas do Brooklyn Heights. Caminhamos um pouco pelas ruas ali perto e eu fiquei encantada com o lugar. Depois do almoço o Michael foi trabalhar e nós fomos com o Paco peregrinar por Manhattan em busca de uma loja de bicicletas. Mas isso é assunto pra um próximo post.

2 comentários:

Vida disse...

O próximo post é ainda hoje ou posso ir dormir... Quero ver as coisas que só acompanhei por SMS...

Leo disse...

vixe menina, pode ir dormir... vai ter muito post pra poder contar tudo... hehehe