segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Álcool

Ontem no piquenique ficamos sabendo que aqui no estado de Maryland é proibido consumir bebiba alcoólica em áreas abertas públicas. Ou seja: não pode sair por aí andando com uma latinha de cerveja que nem fazem no Brasil. Também não pode beber em parques, praças, etc, mesmo que se esteja numa área de lazer fazendo um piquenique, como estávamos ontem. Não pode nem andar com garrafas de bebida abertas (e por abertas quero dizer não-lacradas).

Assim, eu até entendo o motivo por trás da proibição: o ser humano médio é desprovido de bom senso, logo, façamos uma lei pra coibir certos comportamentos potencialmente nocivos aos demais membros da sociedade. Concordo que não tem nada mais chato que um bando de bêbado bebendo, gritando, fazendo arruaça e perdendo completamente a noção rua afora, ou num parque onde tem criancinhas brincando. Invariavelmente dá merda, rola ofensa pessoal, ou ofensa à moral e aos bons costumes, essas coisas. Então sim, eu concordo com a moral por trás da lei.

Agora, confesso também que achei a lei meio over. Tipo, por essa lei o cara não pode beber na beira da praia. Imaginem, ó caros compatriotas, praia sem bebida! Praia sem bebida é um saco!! É só aquela areia e aquele sol escaldante e a menos que a gente murche de tanto ficar na água (coisa que os transparentes como eu não podem se dar ao luxo de fazer, aliás, coisa que a maioria da população não deve fazer mesmo que não seja tão branca quanto eu) não tem muito o que fazer por lá. O que salva a praia é a caipirinha!

Ok, talvez seja o meu lado brasileiro se manifestando, mas acho que não. Acho que é conhecimento de mundo mesmo: quem quiser beber em público vai dar um jeito de beber em público - ontem mesmo no nosso piquenique tinha cerveja, que foi consumida de forma moderada e sem transtornos. O que me leva ao segundo ponto: ninguém vai ficar fiscalizando todos os cantinhos de todas as cidades. A menos que o teu vizinho de piquenique seja um dedo-duro de marca maior, é bem pouco provável que te peguem. E se o teu lance for tomar um traguinho em paz e sem incomodar ninguém, imagino que o teu vizinho de piquenique não vá chamar a polícia - a menos que seja um baita de um filha da puta.

Moral da história: se o bom senso prevalecesse no mundo, 75% das leis não precisariam existir. E como eu me considero uma pessoa bastante sensata, acho que 75% das leis são inúteis porque as pessoas que têm bom senso não vão deixar de fazer alguma coisa só porque existe uma lei, mas porque têm bom senso. E as pessoas que não têm bom senso não há lei que conserte.

É... Nessas horas eu meio que perco a fé na humanidade...

2 comentários:

Ana Paula disse...

E tu ainda tinha fé na humanidade?!?! Choquei!!

Elisa disse...

Nota mental: Nunca ir a Maryland...