Então ontem tivemos o jantar. Primeira descoberta: deve haver uma conexão genética entre o Irã e Cabo Verde. Motivo: os convivas que aqui estiveram ontem falam tão alto quanto os vizinhos do Sr. Anônimo. E depois dizem que nós italianos é que somos gritões... tsc tsc tsc...
Fui convidada a jantar com eles e provar as comidas típicas, que até onde eu pude perceber se resumem a arroz com muitos temperos (entre eles açafrão e umas bolinhas vermelhas bem gostosas que eu não sei o nome) e frango. Felizmente nada muito exótico hehehe. Eu tinha comido Ruffles um pouco antes da janta, então não tava com muita fome. Aliás, finalmente consegui terminar o pacote de Ruffles! Fiquei semanas com esse pacote aberto sem conseguir ver o fim! E Ruffles aqui tem um gosto completamente diferente da Ruffles do Brasil: é menos salgada, menos gordurosa e tem muito mais gosto de batata. Sabe quando a gente come batata assada com casca, tipo Baked Potato? Aquele gosto. Muito mais gostosa, e as mãos não ficam engorduradas e fedendo um dia inteiro depois que a gente come.
Mas voltando à vaca fria: o pessoal é bem bacana, mas eles realmente não se preocupam muito em conversar na língua que todo mundo entende. Só dois dos caras que estavam aqui se mostraram mais preocupados em me incluir nas conversas: falaram sobre lingüística, sobre o Brasil, o desempenho na copa, a próxima copa, as olimpíadas do Rio, dicas de viagens e etc, e um deles procurava traduzir as conversas pra mim quando todo mundo ficava 15 minutos falando em persa. As gurias, por sua vez, não fizeram o menor esforço em conversar comigo. Enfim. Comi com eles, conversei um pouco e voltei pro quarto. Eles foram embora pelas onze e meia, e a Azadeh ficou lavando louça até não sei que horas, mas passou da meia-noite com certeza.
Um comentário:
Mas bah! Da próxima vez convida uma brasileirada p/fazer uma festa no Apê. Com direito a Latino, com o perdão do trocadilho...
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